O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) realizou na sexta, 27, o evento “Jornalismo, Democracia e Direito à Informação”, uma jornada de debates sobre dados abertos, cidadania informada e os limites do jornalismo e do estado democrático de direito no Brasil.

Pela manhã, Maria Vitória Ramos (Fiquem Sabendo) discutiu como a Lei de Acesso à Informação (LAI) pode ser um antídoto ao jornalismo declaratório. A jornalista também enfatiza que a transparência dos dados públicos é um direito a ser defendido diariamente. 

Na mesma mesa, Breno Costa (Brasil Real Oficial e Brio Hunter) ressaltou a leitura do Diário Oficial da União como método para acompanhar a aplicação de medidas. No entanto, lembra que dados precisam de contexto, já que “pessoas gostam de ler histórias, e não números”.

Na segunda mesa, os pesquisadores do objETHOS Sylvia Moretzsohn (UFF e Universidade do Minho) e Samuel Lima (UFSC) debateram fake news, credibilidade e as dissonâncias entre jornalismo e democracia. 
Moretzsohn reconhece que há um problema de base no consumo de informações, o que perpassa a própria formação histórica do Brasil. “Vivemos em uma República de fachada”, afirmou a professora. 

Já Lima apontou para a autocrítica tardia da imprensa brasileira sobre seu papel no golpe militar de 1964. Também abordou casos recentes, como a cobertura jornalística sobre o grampo telefônico de Dilma Rousseff e Lula, em 2016.

A cobertura em tempo real pelo Twitter pode ser recuperada aqui, bem como a transmissão em vídeo no TJ UFSC (aqui e aqui). Uma amostra fotográfica do evento pode ser conferida a seguir, pelas lentes da estudante Giuliana de Arruda, nossa bolsista de extensão.

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