Samuel Lima
Professor da FAC/UnB, docente colaborador na UFSC e pesquisador do objETHOS
Virou “clichê do clichê” atribuir um poder quase místico – revolucionário e democrático – às redes sociais, especialmente as mais vistosas como Facebook e Twitter. O processo de celebrização de personalidades virtuais tem despejado, dia após dia, comunidades e páginas a serviço de determinadas causas e ideias. Simulacro de jornalismo, tais comunidades em geral orientam-se por alguma noção de “verdade” e suposto interesse público, mas trazem no seu DNA um paroxismo fatal: podem se converter, da noite para o dia, numa vertente para o fascismo.
Vamos refletir sobre um caso concreto: a comunidade “Diário de Classe”, página de Isadora Faber, 13 anos, estudante da Escola Municipal Maria Tomázia Coelho, no Santinho, Florianópolis. A comunidade foi criada em 11/07/2012 e no final de setembro chegou à casa dos 7 milhões de visitantes; outras 344,7 mil pessoas haviam “curtido” (até 23/10) e interagido, de algum modo, com os propósitos da página.
Abaixo do nome da comunidade, sobre um fundo vermelho, lê-se em letras amarelas: “A verdade…”. Ao lado de sua foto de perfil a promessa: “Eu Isadora Faber que tenho 13 anos, estou fazendo essa página sozinha, para mostrar a verdade sobre as escolas públicas. Quero melhor não só pra mim, mas pra todos”. Nos dias atuais, o jornalismo fala em publicar a melhor versão da verdade (ouvindo todos os lados possíveis da notícia) e a ciência pós-moderna admite que a margem de erro e a refutabilidade são critérios de cientificidade.
A estudante virou celebridade na internet. Ganhou páginas e espaços fartos na mídia tradicional, impressa e eletrônica. Viu seu modelo de comunidade ser copiado país afora (30 clones entraram no ar) e virou centro de um debate sobre os atributos místicos das redes sociais. Na realidade, o fenômeno Diário de Classe não é espontâneo. Ele foi turbinado pela mídia tradicional que multiplicou o número de acessos e conferiu legitimidade política. Como fenômeno midiático, o Diário de Classe se transformou como somatória de vários clichês: “a força das redes sociais”; “a falência da escola pública”; ou ainda o mais batido – “exemplo de cidadania”.
Isadora vira heroína porque reverbera estes clichês como realização de um sonho de celebrização, e mais: uma celebridade justiceira, moralista e vingativa. Tudo que se diz é pela ótica exclusiva de seu celular-espião. Os contextos são desprezados, o contraditório não existe e ela vira porta-voz da verdade. Que perigo!
Com efeito, para ilustrar essa possibilidade de viés de transformar o espaço da escola, independente de sua natureza (pública ou privada), em uma espécie de “Big Brother” cujo conteúdo será mediado e validado através do Facebook. O anjo vingador atuará, na forma de uma menina de 13 anos ou de seus clones, fazendo as vezes de promotoria, júri e juiz, sem direito a advogado de defesa. Ou seja, estaríamos diante do fim de um direito fundamental à vida em sociedade: a presunção de inocência. Ao acusador cabe o ônus de apresentar as provas, e não o contrário. Isto é a base dos direitos individuais previstos na Constituição Federal. Outro aspecto é o direito à privacidade. Ora, a publicação de imagens (em vídeo ou fotografia) deve ser balizada por critérios éticos, profissionais (no caso dos jornalistas e empresas habilitadas para tal) e razões de Estado – quando envolve entidades com poderes de investigação conferidos pela Lei.
Para observar isso mais de perto, vamos analisar e comentar criticamente algumas postagens do “Diário”.
Breve leitura das postagens
As primeiras postagens, feitas por Isadora e Melina (sua colega e parceira no “Diário de Classe” até 17/08/12) tratava de coisas como:
Essa é a porta do “banheiro feminino” da nossa escola que fica no Santinho. Nem fechadura tem!!! (Postagem 11/07/12)” [acrescida de uma foto do local.]
Ao final do primeiro mês de existência, a página ganhou ampla repercussão na mídia local, desembocando em canais nacionais de mídia (emissoras de TV e portais na internet), conferindo uma boa dose de visibilidade nacional, de 21 de agosto em diante.
No final de julho, duas semanas depois de colocar a comunidade no ar, Isadora e sua colega já percebiam que o diário iria ganhar uma dimensão maior que o Santinho. E anunciavam, já indicando o caminho a seguir:
Essa pagina não é contra a escola só que bem agora está a eleição e estamos mostrando a verdade sobre escolas publicas que não são cenários queremos saber quem vai melhorar isso, quem vai ser responsabilizar de ir ate a escola e cobrar, com que arrume e com que os alunos tenham atenção queremos punição ”coisa que é difícil” como falamos da menina que levou a arma. Porque ficar brabo com a verdade estamos querendo o que já era pra ser exigido não por alunos, mais SIM chegou ao ponto que alunas da escola estão exigindo a punição, pra ver onde chegou a coisa. (Postagem 30/07/12, extraída da página com grafia exata da autora)
Mostrar a “verdade” vista pelas lentes de seus celulares, em precários vídeos publicados na página, que cumprem apenas o papel de satanizar o professor “A” ou professora “B”. O clichê é um mantra: os professores são maus; a escola (pública) não presta e ponto final. Através do “Diário…”, o professor de matemática foi denunciado (não sabia dar aula, na visão de Isadora), julgado e executado – e por fim, demitido. Mas a coisa fica mais grave quando a comunidade assume a defesa da “transparência total”, ou seja, a colocação de câmeras de vídeo no ambiente da sala de aula, justificando pelo senso comum de “quem não deve, não teme”. Vejamos:
Sei de professores e funcionários que não querem câmeras internas por que a escola vai virar BBB [Big Brother Brasil, programa da TV Globo]. Na escola (particular) da minha irmã tem câmeras até dentro das salas e não tem problema algum. Qual problema de câmeras em escola pública? Quem não faz nada errado não tem do que ter medo. Em outros tempos podia ser assim mas hoje em dia tem que ter transparência. Como todo mundo sabe, quero ser jornalista e acho esse cartaz na secretaria da escola no mínimo duvidoso. [Na imagem do cartaz, lê-se: “A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica e deixar cicatrizes no cérebro”, atribuída a Noam Chomsky] (Postagem 27/09/12)
A falsa oposição entre transparência e obscuridade, nos termos apropriados pela autora da página em sua inocência, deixa de lado (e seus mais de 1,7 mil comentaristas também seguem na mesma linha) uma questão fundamental: o ambiente de ensino-aprendizagem, o sagrado chão da sala de aula não pode ser transformado num palco midiático, senão transformando a figura do professor e/ou professora num mero epifenômeno do processo de ensino-aprendizagem. Se falta de luz leva à cegueira, a “idade mídia” já provou com inúmeros exemplos que o excesso de luz pode igualmente levar a cegueira – e causar mortes de inocentes, como é o caso da estudante Eloá Pimentel assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves (ver artigo publicado em “A Notícia”, edição 02/11/2008, em parceria com o pesquisador Jacques Mick).
No espaço virtual de uma fanpage inexiste qualquer preocupação com o princípio do contraditório, amplo direito de defesa, presunção de inocência ou quaisquer outros direitos balizadores das relações humanas nas modernas sociedades democráticas. Vale o princípio do espetáculo e do publicismo, que remonta às origens do Jornalismo, no começo do século 17. Esse território é propício apenas ao aplauso. As vozes discordantes, poucas nos espaços de comentários do “Diário de Classe” são desqualificadas, ato contínuo. Uma delas recomendava à autora (sobre a instalação de câmeras de vídeo na sala de aula):
Meu anjo, existem motivos pedagógicos para não existir câmeras na sala de aula. Por que vc não convida a Angela Antunes do Instituto Paulo Freire pra falar para os professores, alunos e pais sobre a escola democrática? Ela tem um texto publicado na net bem interessante: “Democracia e cidadania na escola: do discurso à prática”. Lê e me conta o que achou? (Andrea Luswarghi)
Ora, a questão parece razoavelmente simples: as centenas de milhares de comentários publicados no “Diário…” se prestam à louvação e aplauso à autora da página. Inexiste o debate porque, paradoxalmente, este não é um espaço inclusivo, democrático. Esse é um exemplo inequívoco da negação da diversidade de visões e formas de conceber as coisas, presentes na dimensão real do mundo, da vida. A promessa de “transparência” é tortuosa tanto e quanto turva e precária sua noção de “verdade”. E lembremos: a comunidade promete “mostrar a verdade sobre as escolas públicas”, algo que poderia ser feito num esforço coletivo de reportagem ou ainda no âmbito de um projeto de pesquisa que tivesse como recorte esse objeto.
Por contraditório que pareça, a autora da fanpage precisa ser preservada do excesso de exposição midiática. Talvez ela não saiba que virou uma espécie de justiceira virtual. Foi ungida com atributos que não tem pela idade, pela imaturidade e pelas circunstâncias. O estrago que ela causa está, no momento, limitado a uma escola que ficou na berlinda, com as câmeras do grande irmão (e da pequena irmãzinha) voltadas para ela. Mas se surgirem justiceiros com relação aos costumes? Às opções sexuais? Às opções políticas? Às preferências estéticas? Aí poderemos falar, sim, em fascismo.
Nem verdade, nem verossimilhança. Apenas a dogmatização de uma visão possível da realidade, vista pelas lentes de uma menina de 13 anos, munida de seu celular e uma plataforma de publicação que não tem como valor fundante o critério de verdade – na acepção da palavra “veritas”: a verdade é passível de verificação, apuração, construção. Aqui vale o espetáculo da denúncia. Os acusados? Bem, eles que apresentem a prova de suas inocências… Nessa perspectiva, o Facebook poderia abrir as portas para o fascismo.
O texto deixa de fora a importância da participação das pessoas na construção de uma sociedade melhor. Chama de “clichês” características que hoje aparecem como uma possível forma dos cidadãos falarem de seus problemas diretamente, pela internet, sem intervenção da mídia que muitas vezes defende interesses privados. Isso pra mim é uma novidade do nosso tempo, não tem clichê nenhum. E o final, alertando sobre o perigo de surgirem justiceiros que falem sobre opções sexuais ou estéticas me pareceu bem apelativo. Na verdade, estes “justiceiros” já existem e não são justiceiros, são pessoas preconceituosas que nem de longe merecem estar no mesmo lugar que a inciativas como a de Isadora podem estar.
Eu tinha achado o final meio apelativo, até que li seu comentário. Porque comunidades onde as pessoas exponham sua opinião sobre aspectos de outrem sem permitir o contraditório seriam “preonceituosos” nesse caso, mas não no da menina?
Acho que o texto deixa de fora a participação das pessoas porque não se pode focar em tudo; que as redes sociais permitem o diálogo de quem antes ficava a parte, isso me parece claro e poucos discordariam. Mas a crítica desse texto faz uma reflexão bastante lúcida que vai além disso; ter voz ativa é uma atitude que pressupõe a responsabilidade.
Se as vozes discordantes ficam de fora da grande mídia, em que sentido se é diferente quando ao buscar seu próprio meio, age-se da mesma forma?
Mas não podemos esquecer que a voz em questão é uma garota de 13 anos. Ela não tem culpa que as pessoas projetam nela uma heroína e não deve ser cobrada como se fosse uma jornalista. Ela não é. Ela é uma adolescente que fez uma espécie de blog com grande repercussão. Na mesma medida em que as pessoas que a colocam num patamar de portadora da verdade estão equivocadas, também estão aquelas que a criticam por ser isso. Ela não é nada disso. Eu sei que tem lá na página dela a palavra “verdade” e tal, mas acho mesmo que merece um desconto e uma compreensão por ser adolescente. Tipo, isso é meio típico da idade, achar que se está com a razão. Não acho que isso diminua o conteúdo do que ela diz. Acho que quem pressupõe que aquilo tudo é verdade é no mínimo ingênuo. Se fosse só isso, tudo bem, o problema é que dessa suposta ingenuidade vem a ignorância de criticar uma garota com a mesma agressividade que se criticaria um jornalista formado.
Luanne
Não acho que seja a voz de uma criança de 13 anos o problema. Aliás esta é a versão que esta sendo difundida na mídia e no boca a boca.
Esquece a menor, deixo ela de lado, pois ela é vítima da própria família. Isso um dia será apurado com base no ECA.
Naquela página, que se tornou símbolo Nacional de “boa iniciativa”, eu concordo que é boa levando em conta a iniciativa e ideologia inicial. Depois do iniciativa, houve o apoio da mídia e a massa acompanhou. Não sou sociólogo nem psicólogo pra explicar com propriedade o porque que isso ocorreu, mas hoje percebe-se, aqueles que se “abandonam” as paixões e tentam enxergar com o olhar crítico e questionador, onde a coerência primária deveria ser a máxima: Nem tudo é 100% bom ou ruim.
A história é longa e não dá pra discorrer um assunto com base em percepções num texto sem ser cansativo ou pedante, mas vou tentar levantar alguns pontos:
– Qualquer pessoa pode perceber que os textos daquela página não são de autoria de uma adolescente de 13 anos. Não que uns não sejam, mas a atual maioria são de adultos que tentam infantilizar suas palavras e colocação, cometendo inclusive erros propositados de português ou de concordância. O texto é falsamente coloquial. Os conteúdos são ideológicos e atendem a demanda de seus expectadores. QUE MENOR TERIA ESTA VISÃO MIDIÁTICA?
– As pessoas só tem liberdade naquele espaço pra elogiar. Se você tecer críticas será agredido pelos seguidores (até ai a página não tem total controle), mas se persistir nas críticas e levantar pontos que coloquem em evidência certas incoerências entre o que o texto diz e a intenção da página, é primeiramente criada uma situação de diálogo onde as postagens são parcialmente apagadas pra dar impressão de incoerência no debate e se mesmo assim continuar a resistência, será SUMARIAMENTE BLOQUEADO! Suas postagens ficarão desconexas, uma última frase é dada pelos autores da página e o assunto fica abafado!
Se o diálogo tiver sido prejudicial à credibilidade da página, será TOTALMENTE APAGADO! Possíveis ofensas que os mantenedores fizeram aos críticos, jamais serão vistos novamente!
UMA ADOLESCENTE TEM ESTA MENTALIDADE MAQUIAVÉLICA DE MANIPULAR UMA COISA TÃO SÉRIA ASSIM??? CADÊ A TRANSPARÊNCIA, A VERDADE, O COMPROMISSO COM A CAUSA COLETIVA??
NÃO senhores… é um objetivo unicamente pessoal de autopromoção promovido por adultos!
Pra finalizar meu comentário que já esta longo e quem não é verdadeiramente crítico tem sono só de olhar a extensão do texto:
– Os 500 mil curtidores apoiam a página por causa da mídia que apoia irresponsavelmente e porque. além do encanto de uma criança de 13 anos “estar mudando o mundo”, esta fazendo na verdade o que elas gostariam de fazer… não fazem e batem palmas sem perceber a situação como um todo!
– O festival de ofensas e sensacionalismo que lá é promovido, é magnético! Afinal, brasileiro adora novela, BBB, programa de auditório, programas de fofocas…etc
– Os pais desta menina são donos de produtora de vídeo e além de conhecer gente da mídia, são profissionais da área. Pra eles é simples administrar a promoção de um político ou artista… Agora fazer isso com a filha é assunto pro Ministério público com base no ECA.
– Quem quer fazer algo pro coletivo, deve antes de mais nada ter desprendimento com a FAMA PESSOAL e ser mais conciliadora. Essa postura de desavenças locais na comunidade não podem simplesmente ser entendidas como INVEJA, CONIVÊNCIA, INFLUÊNCIA DOS PROFESSORES E INCOMPETÊNCIA DOS PAIS… Esses são os argumentos pra ridicularizar a Comunidade inteira!
Finalizo: Em quem vou acreditar? Em 500 mil curtidores que moram a quilômetros de distância da Escola e do bairro ou em centenas de alunos e pais de alunos que conhecem a realidade local???
Se professor e diretor tivessem o poder de influenciar uma Escola inteira, os pais dos alunos e ainda por cima toda população local… Não haveria bagunça na sala de aula, certo? O Brasil seria um país melhor, pois professor sempre foi símbolo de resistência às mazelas do Governo.
Hoje, está desmoralizada e parte deste espetáculo deve-se sim a esta página do mal
Edvonaldo, muitos dos pontos que você levantou são especulações.
Eu acho que a mãe da Isadora revisa sim os textos, mas dizer que é ela quem escreve sem nenhuma comprovação é completamente especulativo e eu não acho que um argumento baseado em hipóteses tenha muita validade. Eu já ouvi falar algumas vezes sobre esses comentários que são banidos por criticar, mas nunca vi um print screen de nada disso. Eu concordo completamente quando você diz que “Quem quer fazer algo pro coletivo, deve antes de mais nada ter desprendimento com a FAMA PESSOAL e ser mais conciliadora.” É verdade. O ego não pode fazer parte de algo feito pelo bem comum. Mas eu não vejo esse ego assim lá. Eu não sei muito bem quem são essas pessoas de lá incomodadas com a página, sei que elas existem de ouvir falar, mas… cadê elas? A Isadora já disse ter deixado espaço para a diretora se pronunciar na página e a mesma não quis. Nem mesmo dar entrevista para nenhum meio de comunicação! Ela se recusa a falar do assunto. Qual é o sentido desse silêncio? Que crédito ela pode ter por escolher não falar nada?
“Página do mal”, convenhamos, é um termo um pouco apelativo. Muitos professores já se desmoralizam por sí só. Muitos não fazem um bom trabalho. E ela reconhece o bom trabalho dos professores também, como é o caso da professora de português que nem gosta da página.
Esse comentário é em resposta ao seu postado às 15:07h.
Você está absolutamente certa quanto à atitude da menina; mas note que o foco do texto me parece uma reflexão que busca não ela em si, mas exatamente as outras pessoas. Eu e vc, por exemplo. A crítica me pareceu lúcida exatamente porque escapa de condenar a menina; antes disso, usa o caso dela para abordar uma questão mais ampla. Observe a colocação no último parágrafo:
“Por contraditório que pareça, a autora da fanpage precisa ser preservada do excesso de exposição midiática. Talvez ela não saiba que virou uma espécie de justiceira virtual. Foi ungida com atributos que não tem pela idade, pela imaturidade e pelas circunstâncias.”
E um pouco antes, o autor dá, no meu entendimento, o alvo principal do texto; que nas redes sociais:
“(…) Inexiste o debate porque, paradoxalmente, este não é um espaço inclusivo, democrático. Esse é um exemplo inequívoco da negação da diversidade de visões e formas de conceber as coisas, presentes na dimensão real do mundo, da vida (…)”.
Criar searas de discussão, digamos no Facebook, não é garantia de que tudo que se discute ali será verdadeiro, exatamente porque o modelo não permite o diálogo entre as partes envolvidas de forma equilibrada.
Vinicius, eu fui agora mesmo reler o texto com outros olhos, buscando uma razão dele ser por acha sua argumentação lúcida. É verdade que a existência de um espaço como o Facebook não garante a democracia por si só. Mas, eu acho, é a única possibilidade que existe hoje em dia. O texto parece tentar reivindicar uma importância maior da grande imprensa:
“Ora, a publicação de imagens (em vídeo ou fotografia) deve ser balizada por critérios éticos, profissionais (no caso dos jornalistas e empresas habilitadas para tal) e razões de Estado – quando envolve entidades com poderes de investigação conferidos pela Lei.”
Convenhamos, a gente não tem essa imprensa. A mídia como espaço de diálogo, feita por pessoas interessadas no bem social quase não existe significativamente falando. Em geral, a grande mídia defende interesses privados. Muitas vozes sem representação ficam ecoando sem registro. E encontram no facebook uma forma de se expressar.
Eu também entendo que colocar um poder místico de revolução e democracia no facebook não é exatamente novidade, mas chamar de clichê da forma que o texto chama parece um pouco tentar diminuir essa importância, não?
Acho importante questionar como o facebook vem sendo usado. Isso é um reflexo de como as pessoas dialogam no dia a dia. Diálogo de surdos, não existe essa expressão? Agora, o texto ainda me parece um pouco reacionário no sentido de que – me corrija se você achar que estou errada – tenta invalidar o papel do facebook antes de questionar sua utilização. Acho que a era dos grandes jornais chegou ao fim. Pessoas munidas com câmeras podem sim registrar irregularidades e isso é bom. Temos que tentar achar um jeito de lidar com isso, aulas de ética, direito de imagem nas escolas, não sei. Tentar incluir isso na pauta da educação. E não tentar solapar em prol de uma suposta ética jornalista que é completamente teórica. A imprensa não cumpre esse papel devidamente. Se vivêssemos num país completamente democrático, eu estaria mais de acordo com muitos pontos do texto. Mas ele baseia muitas das suas críticas num modelo de sociedade democrática que está longe de ser a nossa realidade.
De fato, Luanne, quando o autor fala de clichês, parece mostrar certo menosprezo ao fenômeno que analisa. Além do mais, as redes sociais como o Facebook ‘podem’ ser um local onde o contraditório inexiste (sublinhei o condicional porque isso depende de quem gerencia a página). Mas a existência dessa possibilidade é um argumento a favor do que o autor do texto tenta, no meu entendimento, mostrar.
Exemplo: sabemos dos problemas da escola por via dos comentários dela, mas se de fato os comentários em contrário são apagados, fica impossível saber exatamente (e portanto, argumentar a favor ou contra) a extensão do problema ou se a manifestação dela procede ou não.
Acho que essa reivindicação de uma importância da (para a?) grande imprensa é relativa, porque mais abaixo ele fala que “(…) se falta de luz leva à cegueira, a ‘idade mídia’ já provou com inúmeros exemplos que o excesso de luz pode igualmente levar a cegueira”. Ele sabe que a imprensa não é melhor do que os cenários de fascismo que pinta. Pelo contrário, sem a internet ainda estaríamos completamente à mercê do que é conveniente aos donos de jornais; e ambos sabemos que a escola pública dificilmente estaria entre as mais cotadas.
Tenho a impressão que o autor deixou nas entrelinhas algo relevante, mas que sua retórica não permitiu vir à tona: a) a internet causou uma revolução tão complexa que seus efeitos ainda não podem ser avaliados com precisão;
b) por outro lado, o fenômeno de “curtir” se espalha rápido e angaria seguidores no mundo todo em segundos, e aderir a uma causa tão rapidamente sem pesar o que de fato está envolvido pode ser uma forma de fazer apologia a valores que podem vir a ser o oposto daquilo que se gostaríamos. E, como se diz, a mentira dá a volta ao mundo antes que a verdade tenha tempo de calçar as sandálias. Que o diga as pessoas que como eu recebem pelo Facebook as tais “graviola cura o câncer”, e por aí vai.
Por fim, seu comentário fica irretocável, quase luminoso quando diz que
“(…) a era dos grandes jornais chegou ao fim. Pessoas munidas com câmeras podem sim registrar irregularidades e isso é bom. Temos que tentar achar um jeito de lidar com isso, aulas de ética, direito de imagem nas escolas, não sei. Tentar incluir isso na pauta da educação. E não tentar solapar em prol de uma suposta ética jornalista que é completamente teórica. A imprensa não cumpre esse papel devidamente (…)”.
Talvez nossa grande questão seja quem ou o quê cumpriria então, já que acordamos o papel precário da velha imprensa. Em tese, seríamos nós, mas não sei se tenho resposta satisfatória sobre como isso se operaria em larga escala. Ainda estamos construindo nosso “fazer-se cidadão”, e isso leva tempo, porque as mazelas que nos fazem o que somos continuam ali, seja no papiro, no papel ou no visor. Grande abraço!
Ethos, a relação ethos e objeto não tinha pensando ainda no social. Um clichê superficial como estes perambulando pelos políticos e novelas não devem ser uma verdade. O que é verdade? Na infra e na super o ideal é atacar a super devido a infra estar esgotada de tanto ser esfolada. Quando inverte as coisas numa tendência ditatorial populista a gente já sabe que ideal é este. E isto faz parte da educação. Se a educação não tem força para reagir contra isto, uma estrutura social pode estar ameaçada. E a iniciativa maior por trás das vontades da menina e da família indicam algo e mentes aterrizador fazendo anotações. Jogo da manipulação quando alguém acha que é uma simples manifestação. Lembrem-se que não estamos sozinhos. O objeto é do observador á distância.
Legal, esse texto foi escrito por alguém do PT??? Ele mostra exatamente o que um jornalista ético NÃO deve fazer. Argumentos totalmente distorcidos e manipulados com o objetivo de condenar uma rara garota de 13 anos que aprendeu desde cedo a exigir seus direitos, a se comportar com cidadã. As atitudes dessa garota deveriam ser incentivadas para que TODAS as pessoas fizessem o mesmo e esse se tornasse um país melhor.
Quer apontar os erros, ótimo, mas não suprima as qualidades.
É…. tem gente que ainda não se deu conta que o comunismo/socialismo não funciona…..
O que tem a ver o texto com comunismo/socialismo? Eu, eihn!
Essa direita golpista é cheia das escrotices.
jornalista, petista, comunista e socialista, eita carimbão fascista rs
Luanne, professoras foram chamadas de “vacas” para baixo, e professores de “vagabundos, fdp” e outras coisas piores… até incitar alunos e pais a baterem em professores houve comentários… Se você tivesse tido acesso às postagens que foram depois editadas pela mãe da menina (eu tenho os prints) e aos comentários ofensivos e vilentos publicados o tempo todo por lá, entenderia o brilhante texto do autor. Os pais, colegas e professores que tentavam postar suas opiniões eram também ofendidos verbalmente de todas as formas, chamados de “covardes’, “ovelhas”, “invejosos”, por simplesmente discordar do “mito” (não da pessoa, entenda a diferença). Eu mesma fui chamada de parasita, sanguessuga, que havia escolhido uma “profissão de merda por não saber fazer mais nada” só por ter escrito que haviacomentários exagerados e violentos na página dela, que, aliás, eu deixei de “curtir” exatamente por conta disso. Os pais da garota tem uma agência especializada em campanhas eleitorais e todo esse “circo” (na acepção romana da palavra) às vésperas das eleições municipais, nas quais um dos candidatos a vice-prefeito foi secretário da educação do município de Forianópolis até junho deste ano (2012). Eu sou professora da rede municipal de Florianópolis, a mesma à qual está subordinada a escola onde a menina estuda.
Adriane, eu entendo que a leitura e resposta de muitas pessoas na página é desrespeitosa sim. Já vi isso acontecer. Eu entendo sua crítica e preocupação em relação a isso. Infelizmente, isso é um reflexo de algumas pessoas da sociedade que não conseguem articular opiniões e defender posições sem ofender ninguém. Sou totalmente contra esse tipo de ofensa que você descreveu, é inaceitável.
Mas não podemos “colocar tudo no mesmo saco”. Muitas críticas da Isadora, todas que eu vi até agora, são bem consistentes. Diretas, sim, mas consistentes e com respeito. Um texto como esse acima parece tentar invalidar um gesto político que é muito importante, alguém de dentro de uma escola dizendo para o país os problemas que estão lá. Porque é um problemas de todos, a educação do nosso país.
É uma pena que exista este outro lado, mas acho que o lado principal, o da formação de um pensamento crítico acerca dos nossos problemas educacionais, se sobrepõe.
Mas, se ela sabe que vai existir muitos comentários de ofensa e coloca sua opinião aberto para eles. E numa outra postagem, após as ofensas, ela reforça a opinião que gerou as ofensas. Isto não é incitação, que perante a lei a pena é 3 vezes maior? Explique isto melhor, não estou entendendo. Uma coisa é a lei e outra coisa é a opinião. Qual que tá valendo? Isto faz parte da educação?
Ela não tem como controlar isso, Carlos. Você acha que ela deve se calar por causa de algumas pessoas que não tem noção de respeito?
O bem que ela faz, o pensamento crítico, a informação sobre o estado da escola pública, é muito mais valioso na minha opinião. Ela não tem que deixar de dizer o que vê e pensa porque algumas pessoas vão responder de má fé. Isso é liberdade de expressão. Não acho que ela incite nada, sinceramente. Se não, qualquer crítica que eu faça que desperte comentários desrespeitosos automaticamente incita ofensas?
Que sugestão você dá para pessoas que querem falar dos problemas da sua caomunidade, que se calem?
Existe a questão ética. Hoje uma reportagem de transferência de presos não mostraram o rosto dos presos. Porque? Isto é jornalismo!!
Se eu sei que alguém vai matar o outro, me torno cúmplice se incentivar a morte. To errado?
Ficou muito claro a incitação da diretora como ladrona, a perda do emprego do professor quando na constituição ele tem direito ao trabalho. Os professores sendo execrados na sua dignidade. Mas isto não cabe a nós julgar. A justiça que faça seu trabalho. Você acha que uma pessoa que promove um tipo de discussão que faz um papel tão prejudicial a algumas pessoas tem direito para falar em nome da Educação?
Carlos, existe sim a questão ética. Mas a Isadora não é jornalista. Ela não fala em nome da educação. Fala em nome de uma estudante de 13 anos que vivencia problemas na sua escola. O professor tem direito ao seu trabalho na mesma medida que o aluno tem direito a uma aula decente. Se isto não está acontecendo, ele perde o direito ao seu trabalho. A gente precisa zelar pela qualidade de ensino. Não é só porque a pessoa passou num concurso público que automaticamente ela faz um bom trabalho. A gente sabe que não é assim.
Eu acho a atitude da Isadora, de citar nomes, corajosa. Acho que falta isso um pouco no nosso país. Denúncias, pessoas que mostram a cara a tapa. É importante sim dar nome aos bois. E, mesmo a Isadora não sendo jornalista e logo não ter oficialmente nenhum compromisso ético com a profissão, mesmo assim, vejo que ela apura dados. Vai na diretoria da escola, checa a validade das tintas. Investiga. Ela não está só colocando especulações. Qual é o crime de alguém que faz uma denúncia real? Acho que se ficar provado que a diretora nunca pagou o serviço da quadra e que as tintas nunca estiveram pra vencer, ou que ela posta fotos falsas, ou que qualquer coisa que ela diz que é dado não for verdade, acho que aí sim ela pode ser criticada. Mas até lá, não acho que ela faça nada de errado.
Se ela é corajosa, o que a diretora é mesmo? Se ela já revela, segundo a sua colocação que ela não detém uma formação de conduta e formação educacional, então ela pode falar por toda a Educação do Brasil? Tive alunos (teatro) com 9 anos que tinha uma discernimento ético 10 vezes maior que isto. 13 anos já não é tão criança assim e ela não pode sair matando por aí porque é criança. Você falou de respeito: respeito chamar de ladrão e arrebentar com as pessoas por um fim? Opinar que negros e pobres não tem direito a cotas? Sendo que ela não tem bagagem suficiente para opinar sobre uma questão tão séria e de responsabilidade como se a opinião dela é que deveria valer para o Brasil? Parei com a discussão, falou bobagem e baixou o nível, acabou a conversa.
A questão das cotas é complexa, mas as pessoas têm direitos a terem opiniões.
Ela não está matando ninguém, eu acho que você está exagerando. Existem pessoas de 50 anos que, na minha visão, não tem discernimento para opinar sobre muita coisa, mas não me cabe julgar o direito da pessoa de falar e se expressar, não importa a idade ou o que ela esteja dizendo. Eu não sei se você leu o que eu escrevi, mas eu disse “Ela não fala em nome da educação. Fala em nome de uma estudante de 13 anos que vivencia problemas na sua escola”. Quem disse que ela fala por toda a Educação do Brasil foi você.
Eu tenho certeza que não baixei o nível em momento nenhum, Carlos. Acho que você não leu direito que escrevi ou interpretou da forma que achou mais conveniente pra reafirmar sua opinião. Uma pena. É assim que os debates ficam infrutíferos, quando você diz que alguém “falou bobagem” e decreta o fim da conversa. Isso não é argumentação.
Opinião com um monte de seguidores não é opinião, é liderança. E sobre liderança existe responsabilidade que a mãe da menina responde na justiça.
Dei meus exemplos para entender melhor. Se não tem capacidade de entender é porque o nível não tá bom. Se for para dizer que a menina e corajosa, posso citar milhões de pessoas corajosas. Se não quer enxergar que as palavras com enfoque de mídia podem ter consequências, falando sobre o poder que a mídia promove nas pessoas, então não podemos conversar sobre o fenômeno. Opinião é diferente de promover ofensas. Se não tem competência para perceber as diferenças, então a conversa não rende. Falar de santa sendo que a situação se configurou num inferno é muita falta de sensibilidade. Ninguém salvou a educação, as condições continuam péssimas. Os professores ganhando mal, as escolas sem investimentos e os políticos daquele jeito mesmo. O que mudou para mim que tenho direito a opinião foi ver uma menina desrespeitar sua escola, professores e falar por uma educação que ela não tem. O resto, de arrumar uma fechadura apenas na época de política, continua a mesma. A escola dela continua muito bem, independente da imagem negativa que ela passa da sua escola. Então você fica com tua santa e eu fico com minha indignação. Não dá para pensar que a mentalidade da xuxa morena vai se transformar de um dia para outro. Somos obrigados a conviver com esta mentalidade trágica-brega. E vai estudar para ver se sai desta vizeira dos encilhados.
Mais uma vez, ela não é jornalista. E não pode ser punida por estar sendo ouvida.
“Vai estudar”, sério, Carlos?
Já que baixamos o nível assim, viseira é com “s”, viu.
Viseira não é uma palavra comum. Desculpa o erro de gramática, não sou bom nisto. Embora tenha ganho uns prêmios de literatura. O último foi de 30mil.
Se fosse só ouvida tudo bem. Têm mais. Mas, vc não aceita um argumento que expanda este olhar. A vizeira está impregnada.
Eu podia dizer que em “potência” qualquer um pode ser algo sem ter chegado lá. Só que isto é muito prá tua cabeça. E não é o caso da menina. Vai lá dar os parabéns para ela que ela merece. bjs
Mas vc acha certo ela demonizar o professor a ponto de ele ser demitido? Vc assistiu a uma aula dele pra saber se realmente era mau profissional? Vc sabe quantos alunos têm na classe? É provável que exceda o limite do considerado adequado pra lecionar com qualidade…
Sabe se a grade curricular tava adequada? Aliás, você também deve ter ciência de alunos pouco empenhados que jogam a culpa do fracasso nos professores “incompetentes”, isso no fundamental, médio ou superior (não digo que é o caso dela, mas que isso existe, existe). A verdade é muito mais complexa do que ela tenta transmitir no facebook…
A verdade é sempre mais complexa, Vanessa. Aliás, a “verdade” mesmo, não acho que exista, são sempre pontos de vista. Realmente o lado exposto sobre o professor foi apenas o da Isadora. Sendo a internet um meio no qual qualquer um pode se pronunciar, eu acho que o professor no caso poderia ter feito alguma carta aberta e pela repercussão midiática, acho muito difícil que nenhum jornal quisesse publicar, por exemplo. Todas as suas suposições também são pré-julgamentos, a gente não tem como saber se ela estava errada.
Agora, se a direção da escola optou por demiti-lo baseando-se apenas nos posts da Isadora, a direção é que está errada! Se o professor era competente, a diretoria deveria reconhecer isso e defendê-lo publicamente, não acha? É só uma adolescente, ela não tem tanto poder assim, as decisões finais de expulsão foram tomadas por adultos, pela diretoria da escola. Se a diretora achava que a Isadora estava errada, deveria ter feito algo. Não acha esquisito que a diretora nunca tenha feito um pronunciamento público sobre o “Diário de Classe” sendo que alguns jornais já tentaram entrar em contato com ela? Por que ela não fala nada? Quem não deve, não teme, bota a cara a tapa.
Eu acho equivocado pensar que a página da Isadora é contra os professores. A página é contra o Estado, a má administração pública.
O professor fazer carta aberta, rebater as críticas? Você já viu o que acontece com quem vai na página da Isadora falar um “a” contrário ao que ela apresenta?A pessoa é achincalhada por todo mundo, a Isadora tá sempre com a razão segundo a visão de quem a segue. Esse é o problema daquela página e é justamente o que o autor do artigo aponta aqui.
PS: de fato, é só uma adolescente que NÃO TERIA tanto poder assim se não estivesse sendo apoiada pela mídia convencional. Não é o caso.
Concordo que isso seja um problema, mas não é um problema da página, mas dos leitores que não questionam o que lêem. A gente tem que questionar tudo, é sempre um ponto de vista. Eu não vejo como questionar quando ela coloca fotos de coisas quebradas, por exemplo. Vejo sim como questionar quando ela reclama de um professor, jamais iria lá crucificar a pessoa só porque ela está falando. Leio, como quem escuta, e acho bom que ela tenha encontrado um espaço para fazer um crítica, já que reclamar com a direção muitas vezes não funciona. A gente tem um problema geral que é o de algumas pessoas, maioria talvez, acatar tudo que lê sem pensar. Mas isso acontece nos grandes jornais, por que na página da Isadora é um problema maior? Digo, porque o autor do texto problematiza a questão do ponto de vista tomado como verdade apenas na página do “Diário de Classe”? Vamos problematizar a imprensa nacional então? Os leitores? Aí sim. Agora, diminuir o valor de uma expressão democrática e inédita porque quem recebe a mensagem toma aquilo como verdade absoluta me parece nocivo e limitado. O artigo acima não cita pontos positivos de uma atitude de uma cidadã buscando seus direitos. A internet proporciona uma comunicação direta entre os cidadãos, isso não é positivo como ideal? Sim, na prática existem problemas. Mas os problemas, na minha visão, são menores se comparados aos grandes benefícios que a população do nosso país pode ter. A escola dela tem tido melhorias concretas, isso não pode ser deixado de lado na análise.
Acho muito que a diretora da escola deveria se pronunciar sobre tudo isso. Não necessariamente no “Diário de Classe”, em qualquer outro jornal grande que já a tenha procurado. Ali a mensagem dela vai estar “a salvo” da legião de fanáticos leitores da Isadora, por assim dizer. Ela tem essa opção. Por que não faz isso? Não acha estranho que ela escolha o silêncio absoluto? Tem gente que crucifica sim, mas tem gente que pondera também. Eu quero escutá-la, mas ela não quer falar. Por quê?
Porque a diretora é só a ponta do iceberg, uma subordinada à secretária da educação, que está alinhada com um governo, que por sua vez está alinhado a um partido que tem muito, mas muito mais a perder que a diretora da escola da Isabela. O que fica em jogo são milhares de votos, boquinhas em cargos comissionados etc. Ela não pode sair emitindo opiniões a torto e a direito, ainda mais pra rebater as críticas de uma aluna de 13 anos incensada pela mídia e redes sociais. Simples assim. Pra que a mulher vai dar a cara a tapa? É só uma empregada que pode perder o emprego e ser humilhada em praça pública se for confrontar o que a Isadora diz.
Eu concordo com tudo que você falou, acho que não tem nem como discordar disso. Mas, seguindo essa lógica, ninguém deve falar nada contra o governo para não se comprometer, não é? Aí não tem mudança, se as pessoas não reclamarem. A função da diretora de uma escola é defender os interesses da mesma, não de um partido político. Eu entendo que ela escolha não falar nada para não correr o risco de perder o emprego, mas isso não leva a melhoria nenhuma, ela está em prol de seus interesses individuais. Compreensível, sim, no mundo em que vivemos, mas não exatamente certo, na minha opinião.
E eu acho que, se ela for inteligente, tem como falar, pode dar algum pronunciamento que não a comprometa frente a Secretaria de Educação, é possível conciliar as duas coisas. É óbvio que ela não vai falar no “Diário de Classe”. Eu aposto que a Globo iria adorar fazer uma entrevista com ela, se ela quisesse falar. Aí não é o espaço onde ela seria humilhada. Se ela souber falar bem (e tiver boas explicações) é quase certo que ela sairia por cima. Ela não deveria ter falado para a Isadora que já pagou a pintura da quadra, por exemplo, ela não tem essa obrigação de prestar contas. Mas ela falou (aparentemente) e isso foi publicado, bom, lide com as consequências. Você não pode pagar um serviço com dinheiro público e lavar suas mãos em relação a execução do mesmo, é responsabilidade dela. Expor as funções de um funcionário público e cobrar sua boa execução é um direito de qualquer cidadão que paga imposto.
Adriane, só uma reflexão : o autor do texto tem a intenção de questionar UM CASO específico apenas correto? Pois então ele começou o texto de forma muuuuuuito equivocada generalizando ao falar das “…redes sociais, especialmente as mais vistosas como Facebook e Twitter…”, e outras frases de efeito no primeiro parágrafo. – e todo generalização é burra e “facista ao extremo”. Depois disso ele abandou o tema REDES SOCIAIS para mergulhar de vez ao caso específico que, mesmo não sendo único, é um caso realmente questionável. Só que existem coisas muito boas à respeito das redes socias e a principal delas é fazer exatamente o oposto do FACISMO : dar voz ao cidadão comum. Isso é bom, mesmo que nem sempre – ou talvez quase nunca – o conteúdo gerado seja, de fato, relevante e pertinente. Mas à quem cabe julgar isso? Pertinência, relevância, etc? Há dez – ou menos – anos atrás cabia ao editor do Jornal Nacional, da Veja, do Estado de SP, etc.etc.etc. hoje esse “poder” – ou seria obrigação? – passou para nós, cidadãos comuns que estamos lá, nessas mesmas redes sociais. O autor questiona a “isenção” ou “imparcialidade” de quem gera conteúdo nessas redes mas sejamos honestos, QUAL MEIO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA PODE SER CONSIDERADO 100% ISENTO? A Globo? O Grupo OESP?…enfim, o que quero dizer é que, de certa forma, deixamos de ser “catequizados” pelas grande corporações (que sempre atuaram de acordo com SEUS PRÓPRIOS INTERESSES) e passamos a ter, de fato, opção de escolha. De concordar ou não com aquilo que nos é imposto de cima para baixo, de manifestar nosso desagrado ou de simplesmente ignorarmos o que foi dito. Não eixste nada mais democrático do que as redes sociais : escreve quem quer, lê quem quer…e ponto final.
Tem uma diferença entre argumentar e agredir. Você quis me agredir algumas vezes, sugerindo que eu fosse burra ou de mente fechada. Isso não é argumentação. Seus argumentos continuam sendo inconsistentes, na minha opinião.
E, já que você me agrediu outra vez, vamos lá: de novo escreveu viseira com “z”, “prá” não existe e “Têm”, no caso que você empregou, não tem acento circunflexo.
Parabéns pelo seu prêmio de literatura.
Não preciso de parabéns e também não escrevo mais. Então não tenho a obrigação de ser correto. Com certeza não escreveria para você por ter interesses diferenciados dos meus. Escrever para esta nuvem de consciência que prevalece seria insano. Um sistema que é um caos e se fosse pelo menos o caos do mito até seria desafiador. Mas esta coisa nojenta, que me lembrou agora a náusea. Sempre se aprende alguma coisa escrevendo e acabei de ter um click. Tchau luane.
E lembrando, não é prêmio e sim, prêmios. Viu, a gente sempre tem algo para ser corrigido.
Luanne, não perca tempo respondendo a este tipo de ‘argumento’.
Esse Carlos Jansson não consegue contra-argumentar e utiliza a estratégia de ofender e acusar quem discorda dele (neste caso, você) de baixar o nível e não apresentar consistência em seu discurso.
Acompanhei o texto e todas as postagens e sei que, apesar de discordar da opinião dominante da maioria nesta página (incluindo a minha); em momento algum você se reportou a alguém de modo ofensivo ou procurou argumentar sem embasamento.
Mas voltando à questão da página da garota, que é o que realmente importa e deve ser o tema da discussão, concordo quando você diz que a uma menina de 13 anos não deve ser imposta uma crítica tão severa, tratando-a como uma jornalista profissional. Também estou de acordo com a crítica de que este texto, apesar de considerar excelente sob muitos aspectos, peca em não comentar o que há de positivo na atitude de Isadora. Contudo, acho importante observar que boa parte dos textos não são escritos por ela ou sua amiga. Apesar do esforço empreendido para ‘maquiar’ estes textos com características que buscam infantilizá-lo e dar a impressão de que quem escreveu foi, de fato, a criança; é claramente perceptível a evolução do conteúdo e traquejo (no pior sentido possível da palavra) quanto ao modo como o Diário de Classe é administrado. Como pontuado em um comentário anterior, é muito pouco provável que uma pré-adolescente seja tão maquiavélica e perspicaz a ponto de manipular o conteúdo da página da maneira que ocorre.
Não quero entrar no mérito da massa ignorante de seguidores que não aceita qualquer opinião discordante e ofende os críticos da garota, que não pode ser responsabilizada pelas ações imbecis de uma legião de pessoas sem discernimento ou capacidade argumentativa, e que exatamente por isso caem no erro comodista e estúpido de utilizar xingamentos como resposta a questionamentos. Mas a questão é que este espaço não é em nada democrático, até mesmo por quem deveria torná-lo (e utiliza um discurso hipócrita que defende isso): os responsáveis pela página (que acredito piamente não ser mais a Isadora e sua amiga; ou ao menos, não apenas elas).
È,a lingua portuguesa é muito complicada;eu mesma sendo Brasileira acho isso.Mas quem explica as rasoês por ser assim.Em Portugal,chama pâo de pau,mas no Brasil acessar a internet,chamam entrar na internet.
Samuel, muito oportuno seu artigo, e como a verdade é inatingível, importa se concentrar sobre questões que abordem as maneiras pelas quais significados de verdade são criados e quais discursos dão a impressão de representar a verdade. Mas, isso não significa dizer a “verdade” a descobrir ou a aceitar, mas as regras segundo as quais se atribui a “verdade” algum poder e do papel econômico e político que ela desempenha.
Um abraço.
As pessoas estão sendo manipuladas até mesmo por uma criança de treze anos, e acham que isso é cidadania. A preguiça de pensar impera e as pessoas não sabem mais o que é ÉTICA. O que vai ser do nosso país? Não se pode esperar muito de pessoas que ficam até duas horas por dia num site que só emburrece como o Facebook, em vez de ler páginas de jornalistas de verdade.
Sugestão para Luanne & Cia: procurem o significado de ética no dicionário (Aurélio, porque um dicionário filosófico será muito para seus cérebros). Bons estudos…
Haha. Obrigada pelo “Luanne & Cia”, Milene.
Sempre é bom ser referência do grupo de pessoas pensantes na sociedade.
Deve ser muito ético mesmo ofender quem você não conhece simplesmente por ter uma opinião divergente da sua.
Eu gostaria muito de entender o que leva uma criatura a dedicar-se à defesa dessa menina do diário de classe.
Bem, o fato de Isadora fazer o seu diário, não vejo problema: é uma adolescente, muito jovenzinha, tem direito de se expressar, está na idade de contestar a tudo e a todos… acho saudável.
O problema está nos adultos que não consideraram nada disso e alçaram a menina à categoria de portadora da verdade.
Bom, Ane, como você respondeu ao meu comentário, vou considerar que eu sou uma das adultas em questão.
Eu não acho que a Isadora seja portadora da verdade, não acho que exista verdade, é um ponto de vista. Eu defendo sim o direito dela de expor suas opiniões e admiro sua coragem de falar do que acha que está errado. A gente vive num país que prefere muitas vezes colocar as coisas embaixo do tapete. A Isadora é agora uma adolescente, mas ela faz parte de uma nova geração que está aprendendo a se defender podendo ser ela mesma a porta voz de questões que antes ficavam a mercê do interesse da imprensa. A internet, nesse sentido, é uma benção. É só um início. Não é perfeito, a Isadora não é uma justiceira, ela é alguém que faz um uso político do facebook e, convenhamos, faz barulho. Isso é bom. Todos os alunos e professores deveriam se pronunciar e exigir melhoras no sistema.
O impressionante quando vejo pessoas que demonstram bom senso crítico apoiando tão cegamente o DIARIO de Classe! Se é assim, cego, então deixa de ser crítico. A senhora Luanne põe-se a corrigir os pequenos deslizes de português das outras pessoas, como se isso fosse algo de relevante dentro do pensamento como um todo. Talvez é sua maneira de devolver algum tipo de ofensa que possa ter detectado! Será que errei muito no teclar destas palavras? Diz ai oh sábios patrulheiros da nossa língua!
Sobre o assunto chave: penso que o diário de classe da menina peca em uma serie de aspectos, mas antes vou falar os positivos: sim, é uma boa iniciativa cobrar melhores condições físicas das escolas, da merenda, da qualidade de ensino. Botar a boca no trombone é algo que nós brasileiros não estamos acostumados e a pagina da exemplo apenas ideológico de como fazer isso. É por isso que é tão aplaudido e seguido: PELA IDEOLOGIA E PELO ENCANTO!
Este encanto é conferido a figura de uma menina de 13 anos! Teríamos este mesmo encanto se descobrissemos que a mãe da menina é a mantenedora da páginas? Um adulto? Não! A graça é justamente uma menina falando assunto dos adultos! Adulto falando assunto de adulto é coisa chata ou lugar comum!
Nós brasileiros somos carentes de heróis e não pensamos duas vezes em eleger um herói que ira resolver nossos problemas no nosso lugar, fazer aquilo que deveríamos fazer!
Coisa de gente preguiçosa e hipócrita. Não é a tôa que temos vários “heróis” como Datena, Gugu liberato, Silvio Santos, entre outros, que fazem seu sucesso pessoal alegando ajudar pessoas desfavorecidas. Puro espetáculo midiático!!!
Vamos aos pontos negativos:
Se por um lado o diário é excelente pela ideologia, na pratica perdeu seu foco, pois pra começo de conversa o slogan ja é furado: A VERDADE… Que raio de verdade é essa que só tem um lado! Quem é uma menina de 13 anos pra ser portadora da verdade! Ok, isso é só expressão sem intenção de se afirmar como tal… Pode ser, mas é assim que age quem posta naque espaço “democrático”!
Sobre a afirmação: “Estou fazendo este diário sozinha… E quero fazer uma escola melhor não só pra mim, mas pra todos! E quero melhorar não só minha escola mas todas”
Pode ser eufemismos de uma menina, maaaas, também não pode ser a tôa… é outro erro: como pode alguém querer algo tão grandioso assim e querer fazer tudo sozinha sem a união com a direção e os outros pais e demais alunos!!!
Faço estas afirmações porque percebo isso lá! Além dela não promover a união entre professores, direção, alunos e pais de alunos, da pra perceber que só quem apóia suas postagens são os curtidores que estao a kilometros de distancia da Escola! Cadê os demais 600 alunos e pais de alunos apoiando e dando testemunhos sobre as boas ações da menina??? O que acontece é o contrario, veja se ela foi eleita pra tal APP, espécie de APM, ela era candidata!!!! A ÚNICA EXPLICAÇÃO É INVEJA DE SEUS COLEGAS??? Seria apenas uma coincidência? Acho que uma pessoa com tamanho envolvimento social e consciência política heroína do Brasil deveria ganhar de lavada! O que esta errado???
Senhora, aquela pagina é linda na filosofia, mas na real se tornou palco de adoração da menina e autopromoção de sua imagem! Eu percebo que as postagens naquela pagina são feitas por adultos que tentam infantilizar suas palavras pra simular a consciência politizada da menininha de 13 anos! Farsa! Fraude!
Quem critica as ações da pagina ou melhor: questiona, é demonizado pelos seguidores e posteriormente EXCLUÍDO PELOS ADMINISTRADORES DA PAGINA! Um local que diz ser democrático e transparente não deveria apagar postagens e bloquear aqueles que questionam! Eu tive DOIS perfis que firam BLOQUEADOS porque questionei as ações da pagina …. Questionei a verdade! Isso se chama DEMOCRACIA??? Não! Chama-se FASCISMO OU TOTALITARISMO!
Quem posta lá não é a menina! Ou não é ela somente! Existem adultos que estao se esforçando pra mantêm-lá no sucesso usando as pessoas da Escola como trampolim! É por isso que ela é tão hostilizada naquela escola. Qual seria o outro motivo??? Inveja? Então me incluo neste grupo! Prefiro ser taxado de invejoso que alienado, fanático, lunático, manipulável e cordeirinho!
Apoiar a kilometros de distancia devido a ideologia ou filosofia é fácil! QUERO VER ONDE ESTA PAGINA VAI CHEGAR COM ESTA HIPOCRISIA E COM A DISSEMINAÇÃO DA DESUNIÃO Na escola e a DESVALORIZAÇÃO DA CATEGORIA DOS PROFESSORES!
Eu não curto mais a pagina, mas estou acompanhando pra saber se estou errado e ver as tão apregoadas AÇÕES PARA A MELHORIA DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO DO BRASIL!!
Com 350 mil curtidores, não é possível que não consigam nada! Quem sabe quando chegar aos 1 milhão de seguidores a coisa saia do discurso e do denuncismo vazio e partam pra ações praticas… DUVIDO!!!
Eu entrei naquela pagina porque queria referencias de como fazer algo de útil e produtivo para a escola dos meus filhos: ATÉ AGORA SÓ oTIVE EXEMPLOS DE COISAS QUE NÃO DEVO FAZER… É… Pra isso esta sendo útil …. MODELO DE COMO NÃO FAZER
Bom, eu acho que você ficou atento aos pontos equivocados do Diário. Se dizer porta-voz da verdade é ruim em qualquer caso, concordo. Mas adolescentes são um pouco assim, não? Faz parte da fase, não sei. Eu acho que muita gente não gosta do Diário porque as pessoas são acomodadas mesmo. E acho sim que tem gente que sente inveja. Sério, como alguém sensato pode achar o Diário uma coisa ruim quando ele se espalha e acaba dando nisso aqui ó:
http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/11/medica-cria-diario-no-facebook-e-obtem-melhorias-em-posto-de-saude.html
E acho muito errado também supor que não é a menina que escreve os textos. A mãe dela revisa, ela já falou isso lá. Mas baseado em quê você diz que não é ela? Isso é especulação e especulação não é argumento.
Educação não se resolve com curtidas e compartilhamentos descontextualizados em redes sociais. Ela ter conseguido expulsar um professor da sua escola após “denuncia” no facebook, com apoio da Secretaria de Educação, foi o fim da picada. Que modelo de Educação e de convívio social é reafirmado com uma ação como essa?
Concordo com vc. Mas permita-me acrescentar que se a denúncia dela no Facebook de fato levou à expulsão de uma professora, temos de convir que a Secretaria de Educação é que ordenou. Minha crítica aqui seria que não foi a menina que “conseguiu expulsar” a professora, mas a Secretaria em si, que deixou-se pautar por uma crítica sem intermediários que não está acostumada a receber, e portanto não tem formas de lidar.
Acho que esse episódio serve pra mostrar a forma precária sobre a qual nossas instituições estão construídas; afinal, como pode o órgão máximo da Educação, que deveria ser a guia razoável num festival de distorções como esse, deixa-se pautar pela ‘pressão’ exrecida pela notícia que corre, sem dar o direito de ampla defesa e presunção da inocência? Isso sim é grave.
A sociedade brasileira,
Neste circulo de facilidade
digital,que disequilibra
as familias ,tornando os brasileiros
cada vez mais analfabeta.
no meu ponto de vista é um problema,
Deveria ser usada a internet somente,para se comunicar
atrabalho e estudos.Assunto construtivos e educacional.
Muitos fasem dissso uma obrigação,deixam de estudarem para ficarem postando bobagens
nas comunidades,isso para mim não é uma moda e sim,um disequilibrio;os brasileiros cada vez mais vem ficando analfabetos,dexam de ler um bom livro para ficarem escrevendo bobagens que não constroi nada.Tempo é ouro e ouro é dinheiro.
Ângela de Oliveira
As pessoas não têm mais referências de bons livros, bons autores… O Brasil está emburrecendo e são poucas as pessoas que estão se dando conta disso!
E o pior é que essas pessoas, que não leem nada além de Facebook, acreditam que têm senso crítico e afirmam que são seres “pensantes”.
É um absurdo essa gente. Como não perceberam que ética se faz com pré-julgamentos e agressões gratuitas a pessoas que elas não conhecem?! Francamente… O que será do futuro do nosso país?
Milene, por favor, cite alguns autores de sua preferência para iluminar a cabeça destes jovens perdidos, quem sabe há esperança.
O que será do futuro do país? Dessa gente que debocha dos bons autores, ironizando-os? Infelizmente, até mesmo os bons escritores não têm o poder da Isadora e não poderão iluminar a cabeça destes jovens perdidos.
Se eles não conseguem, quem sou eu pra conseguir alguma coisa?
Só posso lamentar pela existência de pessoas como os pais de Isadora Faber, que não sabem educar seus filhos. Se mesmo alguns desses jovens perdidos sabem que não se pode fazer pré-julgamentos, condenar e dar sentenças sobre o que não se conhece, acho que a Isadora, que já tem treze anos, deveria saber. Ela será, além de jovem perdida, mau caráter. E eu não estou fazendo pré-julgamento porque esses jovens perdidos fazem questão de se exporem e esfregarem na nossa cara a sua ignorância.
O melhor que posso fazer é educar meus filhos, que merecem a minha atenção, porque essa gente… Não posso mais perder tempo com isso.
Milene, por favor, não saia assim sem deixar um pouco da sua sabedoria registrada aqui. Cite alguns grandes autores para deixar ao menos uma pista para os jovens que não são seus filhos se tornarem pessoas melhores. Compartilhe um pouco de conhecimento e generosidade, por favor, estou muito curiosa para saber como se formam mentes brilhantes como a sua.
Sou muito felez porqu curso jornalismo na Faculdade Maurício de Nassau Unidade de João Pessoa Parahyba Brasil
EXPLICANDO PARA UM ENTENDIMENTO MELHOR.
Gente,amigos do comentario-objethos.Eu sempre tivi o sonho de cursar jornalismo,estou feliz ,sim:mas porque sempre fui feliz,mesmo passando pertubaçoês na sala de aula,preconceitos,julgamento,e outros problemas ,que apropria provocadora de tudo,por ser mal-educada,espalhou pelas as páginas ,palavras futéis,banás ,inverdades!Mais eu,só estudo na Faculdade Maurício de Nassau,porque aqui em João Pessoa,só tem essa Faculdade particular com o curso de jornalismo;mas eu vou me sintindo mal,,já dismaiei por duas vezes lá,por não me sentir bem,outras vezes me deu desinteria ,quando se aporximou a hora de ir Pra Mauricio de Nassau,e outras vezesme deu crise de vomíto.Vou pra F.Maurício de Nassau ,igual um bode vai tomar água no inverno.A força.
Ângela de OLiveira – http://www.youtube.com/ccpeangela
João Pessoa-PB 09/02/2013 as 12:25 da manhâ.
Quero deixar aqui! Que essa discrição acima data 29 de outubro 2012,não foi eu quem escreveu!Eu me arrependi de ter ido estudar na Faculdade Mauricio de Nassau!Foi o erro maior que já cometi,em toda a minha vida!Essa palavra Faculdade Maurício de Nassau,tornousse um trauma,uma doença,síndrome do pânico,pois quando se aproximava a hora de ter que ir pra essa faculdade M .de Nassau;me dava inchaqueca,desinteria,vômito,Devido o que fizeram comigo na Faculdade,a zombaria,julgamento achando que eu era sapatão,os videos que foi gravado e posto na internet como ainda continuam as citaçôes ,fazendo referências a mim,e tem outras que faz referências a Ângela Bismarchi.Tenho um grande arrependimento de ter ir estudar jornalismo na Faculdade Maurício de Nassau.È tão certo isso,que abandonei o curso de Jornalismo,tivi um prejuiso de mais de 3000,00.Além de ter sido humilhada,zombada,,sido tratada como lixo,por certos professores;e demais .Hoje em dia estudo Gestão Ambiental na Faculdade Unopar..ESSA È , QUE È, A VERDADE! Ângela de Oliveira.
Continuando ,por duas vezes dismaei,lá na Faculdade ,por causa da cituação que estava vivendo,sendo zombada todo tempo,na sala de aula pela a causadora de tudo.E nem a cordenação e nem professores,reclamaram essa aluna que zombava de mim,juntamente com a sua turma de amigos.Essa é a verdade!.Graças a Deus ,estou estudando em uma Faculdade de gente civilizada.Da Faculdade Maurício de Nassau ,eu quero distancia.Ângela de Oliveira
Porque
“Os contextos são desprezados, o contraditório não existe e ela vira porta-voz da verdade.”
Até o surgimento das redes sociais, quem eram os “porta-vozes” da verdade? Apenas os grandes meios de comunicação à serviço apenas de seus próprios interesses (sejam eles políticos, econômicos ou estratégicos), visando “catequizar” todo o público segundo sua doutrina. E ponto final.
Esse texto é característico de alguém frustrado com o fato de as redes sociais – a internet de forma geral – ter dado VOZ ao cidadão comum. Alguém com os recalques de quem um dia foi o único portador da verdade e agora vê essa posição – há muito tempo – inexistir.
Obviamente, nem sempre TODO CIDADÃO COMUM é um bom gerador de conteúdo em potencial e muita coisa inútil ou equivocada é divulgada mas também muita coisa boa é gerada à partir desse CIDADÃO COMUM.
Não entendo também quem diz que bons jornalistas, bons autores, etc…não tem espaço nas mídias sociais. Por que não tem? Não existe nada mais democrático do que as redes sociais, entra quem quer, escreve quem quer, lê também quem quer, e por aí vai. Então, é só esses ditos bons jornalistas, bons autores, etc. ingressarem nestas mesmas redes e passarem à publicar conteúdo, ao invés de ficar dependentes apenas dos grandes meios de comunicação, grandes editoras, etc. (dependendo inclusive FINANCEIRAMENTE) Simples assim. E deixem que o público decida “quem é quem” nesse mar de ideias e informações que são as redes sociais. Quem merece valor e quem não merece…
Sem recalques e dores-de-cotovelo do sucesso (tão rápido quanto efêmero) das “celebridades” de Facebook, Twitter, Orkut (in memoriam),Pinterest, Tumblr, etc.etc.etc…
O tempo – e a história – trata de separa o joio do trigo, sempre fez isso e sempre fará.
Como disse muito sabiamente Eletropartes: “Prefiro ser taxado de invejoso que alienado, fanático, lunático, manipulável e cordeirinho!”
SINTÈSE A RESPOSTA> < FELIPE um cidadão Brasileiro.
Meu amigo,não me rifiri ,no meu ponto de vista,apenas relatei a verdade.Não devemos fazer de todo objeto,de uso pessoal e profissional,uma moda obrigatoria,não devemos viver a história que a mídia escrevi!Temos que terrmos vontade propria e escrever nossa propria historia.Os meios de comunicação ,devi servir para formas melhor de conhecimento ,e trabalho.Não uma forma de DITADURA ESCRAVAGIStA,em fim …..não podemos deixar os livros de lado,pra se voltar para uma máquina,que muitas coisas que as divulgam são mentirosas.Tudo tem que agirmos com ética.Você se enganou em me chamar de frustada,sou apenas realista e equilibrada.
Ângela de Oliveira,poetisa,compositora,escritora,jornalista em Formação,Ambientalista. Hoje 09 de fevereiro de 2013 ao meio dia e seis minutos.
PAZ E AMOR.
Luane, considero o post brilhante, mas talvez a sua maior qualidade seja de ter levantado críticas e restrições consistentes que vc e outros comentarista fizeram, parabéns a todos, coloquei o blog no meu google reader.
Isabela deveria ser considerada apenas o que ela realmente é: uma adolescente que ainda tem tudo a aprender com a vida. Sua “coragem” é típica de todo adolescente, que ainda não conta com os parâmetros de avaliação que somente a experiência pode trazer. Seu “ponto de vista”, o que, por definição, é uma questão estritamente pessoal, acaba sendo “encampado” apaixonadamente por uma multidão, através do fenômeno da mídia e suas peculiaridades de acesso, agilidade, exposição, etc.. Com relação a liberdade de expressão, tenho para mim, uma imagem que parece pertinente: eu resolvo o meu problema acendendo o meu fogo, do meu jeito. Se isso se tornar um grande incêndio, aí já não é problema meu.
Permita-me discordar um pouco. Não acho que seu exemplo final seja o melhor exemplo do que disse. Liberdade de expressão não é liberdade pra dizer o que se quer. Não posso dizer que ponho fogo aqui e se virar incêndio, azar. Imagine-se no lugar de alguém citado injustamente em uma situação dessas e verá uma aplicação prática do inferno que pode se transformar a vida de alguém. Seu nome aos quatro ventos, sem você dispor dos meios de se contrapor. Liberdade pressupõe, sim, a responsabilidade.
O simples fato que aquilo que se publica na rede possa ser levado a uma exposição desse tipo deve sugerir um cuidado adicional ao conteúdo veiculado. Há outras perguntas a serem respondidas, como se de fato é a menina, e não a mãe ou outra pessoa, que escreve os posts; a resposta a essa simples pergunta muda completamente a forma com que a página seria encarada. Será que é construtivo postar sobre pequenos problemas de convivência, como já vi na página, expondo pessoas e situações que em nada contribuem para o objetivo central? Observe que as postagens agora tem um peso muito maior do que antes. Ela, ou quem eventualmente seja o autor, agora sabe o alcance que tem.
Tudo isso me leva à conclusão que devemos ser críticos com que vemos em jornais, mas também com aquilo que vem diretamente das pessoas que o assistem.
Meu deus, que texto falacioso!
“Nos dias atuais, o jornalismo fala em publicar a melhor versão da verdade (ouvindo todos os lados possíveis da notícia) e a ciência pós-moderna admite que a margem de erro e a refutabilidade são critérios de cientificidade.”
Ainda bem que no caso concreto analisado, a protagonista não é nem jornalista nem cientista. Ha!
“Tudo que se diz é pela ótica exclusiva de seu celular-espião. Os contextos são desprezados, o contraditório não existe e ela vira porta-voz da verdade. Que perigo!”
Que perigo? De que, em espaços privados (sim, pois apesar de seu “livre” acessos, páginas no Facebook são espaços cedidos mediante contrato privado. Confunde-se publicidade com acessibilidade) – as pessoas falem o que querem? Estas pessoas não são obrigadas à abrir um espaço para contraditório em sua “casa” virtual…
“Estaríamos diante do fim de um direito fundamental à vida em sociedade: a presunção de inocência.”
Presunção da inocência é princípio exigido nos tribunais, não necessariamente na vida em sociedade.
” Ao acusador cabe o ônus de apresentar as provas, e não o contrário. Isto é a base dos direitos individuais previstos na Constituição Federal.”
Grande parte dos direitos individuais, em especial princípios como contraditório e presunção de inocência, são restrições à atividade do Estado em face do cidadão, tendo em vista a superioridade da força do primeiro face o segundo.
“Outro aspecto é o direito à privacidade. Ora, a publicação de imagens (em vídeo ou fotografia) deve ser balizada por critérios éticos, profissionais (no caso dos jornalistas e empresas habilitadas para tal) e razões de Estado – quando envolve entidades com poderes de investigação conferidos pela Lei.”
Não só entidades com poderes de investigação conferidos por lei podem realizar investigar ou denunciar. E em que o direito à privacidade está relacionado à legitimidade para investigar?
“A falsa oposição entre transparência e obscuridade…”
Existe uma clara diferença entre transparência num contexto restrito e num contexto midiátio. Seriam as cameras propostas pertencentes aos veículos midiáticos? Acho que não…
“No espaço virtual de uma fanpage inexiste qualquer preocupação com o princípio do contraditório, amplo direito de defesa, presunção de inocência ou quaisquer outros direitos balizadores das relações humanas nas modernas sociedades democráticas.”
É uma fanpage, não um assembleia de cidadãos, muito menos um tribunal. Vozes discordantes podem criar outras fanpages para discordar…
“Mas se surgirem justiceiros com relação aos costumes? Às opções sexuais? Às opções políticas? Às preferências estéticas? Aí poderemos falar, sim, em fascismo.”
Primeiro, facismo implica em participação ativa e exclusiva do Estado, o que não se aplica no caso concreto. Segundo, justiceiros dos costumes já existem: vide os evangélicos de plantão…
“Nessa perspectiva, o Facebook poderia abrir as portas para o fascismo.”
Essa conclusão simplesmente não faz sentido dentro das premissas levantadas! Como um artigo que analisa como a internet está levando PESSOAS (e não o ESTADO) a denunciar o que elas querem (sem necessariamente haver compromisso com a verdade) pode chegar a conclusão que esse fenômeno nos levará ao FASCISMO?!
Parabéns pelo texto, ele bastante esclarecedor! Vou reproduzir a passar adiante na universidade que trabalho!
EU ÂNGELA DE OLIVEIRA ,GENTILMENTE DEIXO AQUI UM RECADO: PESQUISEM NO YOUTUBE SOBRE OS ARTISTAS DA PARAHYBA ,COMO PATRICIA MOREYRA,TANIA GOMES ,NATHALLIE DE LIMA, GRACY TELLES ,E OUTRAS ,QUE COMO ELBA RAMALHO ,DIANA MIRANDA,GIOVANNA MIRANDA, REGINA BROOW ,FAZEM MUITO SUCESSO EM OUTROS PAÍSES ,E POUCO TEM ESPAÇO NO SEU PAÍS ^
ÂNGELA DE OLIVEIRA
JORNALISTA -COMUNICAÇÃO E MÍDIA
AMBIENTALISTA -SOCIAL